
Anna, minha Anna, mudastes o rumo
O rumo de minha já não mais vida
Seguia a procurar um fim oportuno
Não era capaz de encontrar uma saída
A mesma escuridão que alimenta consome
Consome por inteiro e mesmo que olhe
Não mais me reconheço e não mais me vejo
Com uma bênção do Senhor, ganhei a ti
Agora agradeço pela eternidade
Pela imortalidade que nos foi concebida
E por tê-la comigo, por toda a vida
Mesmo ela não sendo ela mesma
Enxergo-me, vejo-me em seus olhos
Podes não ter conhecimento
Por tudo que acontece a ti estar sentida
Anna, querida Anna, estou aqui
Ao seu lado, querendo fazer-lhe o bem
O bem que me faz preenchendo de sentido
Revelastes meu caminho junto a ti
E em breve revelarei o seu junto a mim
Quando fizê-lo compreenda meu pedido
Desejo somente a ti, mas ninguém
Despiremos nossos mantos de sombras
E com eles encobriremos nossos encontros
Nossos frios corpos se encontraram
E aqueceram-se pelo sentimento que carregamos
Compartilhando-os um com o outro
Assim como os prazeres da carne
E os prazeres do sangue
Anna, amada Anna, seja minha
Para que não mais sofra pelas noites
Que se alargam por estar ao seu lado
Estando sem ti por inteira
Amanhã lhe peço, seja minha guardiã
E guarde meu coração
Que há tempos já guardo o seu comigo em segredo.
Poema sem título escrito por Namhás Amakir na noite do dia 25 de Outubro de 1246 que fora perdido no tempo e nunca revelado.
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